segunda-feira, 9 de março de 2015

Discurso e estratégias do óbvio


A Sra Presidente no último domingo fez um pronunciamento a respeito da atual situação do país. Insistiu em falar o básico: "a situação é passageira"; por obvio a crise SEMPRE são passageiras, se não fosse seria nossa realidade. Em resumo: a situação vai durar no mínimo por todo ano de 2015 (final do segundo semestre deste ano = ano todo).
Por isso é ano de apertar os cintos, fazer muitas cálculos  e mudar algumas coisas no estilo de vida. Até esse ponto achei pertinente o discurso. Mas gostaria de fazer pequeno comentários sobre outros pontos:

Imprensa: Atrapalha as informações? As discussões entre a população necessitam  de mais dados para as informações? Governo criticando a imprensa me soa muito tenebroso. Mas se esta faltando informações para o povo que o governo vai fazer para passar mais?

Petrobrás: Parece que ela resolveu citar pra não dizerem que não falo nada. Mas na verdade não falou nada, poderia muito bem fazer mais um pronunciamento de 15 minutos sobre esse assunto.

Nova lei: Fico feliz que há alguma preocupação com crimes em relação as mulheres. Mas me pergunto porque as pessoas acham que leis mais rígidas são a solução para nossos problemas sociais? Não adianta transformar em crime hediondo e não termos lugar para colocar os criminosos (essa semana vi uma notícia no rádio que em uma pequena cidade do RS o presidio que está lotado, está contando com a boa vontade dos presos ficarem em casa e se apresentarem de tempos em tempos na delegacia). Isso me soou como estratégia para ganhar simpatia.

Apesar de algumas incoerências no discurso, foi interessante para a maioria da população que é importante lembrar que é ano de segurar gastos e pensar muito bem em investimentos. Li na imprensa que alguns "panelaços"  (algo que geralmente apoio) ocorreram durante o discurso. Por que o protesto não poderia esperar 15 minutinhos para obter informações sejam úteis ou sejam para serem criticadas? Temo que os movimentos sociais se transformem em movimentos de alienação do povo.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Delimitar um problema


Esta semana vi a notícia que a Igreja Universal teria disponibilizado na internet um vídeo com os chamados "Gladiadores do Altar". Confesso que faço parte da população que quando viu o vídeo ficou um tanto quanto chocado e me passou alguns pensamentos como "fanatismo, fascismo". Ok era apenas pensamentos.
Um pouco depois vi que o deputado federal Jean Wyllys fez críticas fortes em relação ao vídeo comparando com o estado Islâmico. Buenas, começo dizendo que não faço parte do mesmo partido que o deputado citado acima (PSOL) mas acredito que seja uma figura de grande importância para o nosso congresso fazendo oposição a famigerada bancada evangélica.

Logo depois resolvi olhar o outro lado da história, e pela primeira vez na vida entrei no site da IURD. O pessoal responsável fez esclarecimentos sobre o fato em questão. Mostrou repudia aos comentários  do deputado federal, mas explicou que o projeto Gladiadores do altar tinha cunho social e que a analogia com o exercito era tão inocente como de outros grupos como os escoteiros e o Exercito da Salvação.
O terceiro fato é: resolvi ler os comentários na internet. O que mais me incomoda são os comentários extremistas, evangélicos totalmente revoltados e sentindo totalmente atacados (justo) e pessoas com comentários anti-evangélicos. Não, não pratico a religião evangélica, não concordo com práticas de seus dogmas e repudio a tal bancada evangélica. Por outro lado: sim, me assustei com as imagens; pelo contexto que o país vive de pessoas pedindo intervenções militares, os ataques políticos contra homossexuais e o fato da saudação dos garotos tivessem 40º de elevação no braço seria idêntica ao "Heil Hitler". Talvez uma infeliz coincidência.
Poderíamos resumir os comentários em dois tipos de pessoas: a) aqueles que tem medo de que ocorra algum tipo de milicia por parte da igreja evangélica e b) aqueles que acham que o outro grupo deveria se preocupar com jovens usando drogas e não nos seus cultos. Se resumirmos o problema nessa polêmica em uma palavra seria: medo. Por que não se discuti a questão de melhores esclarecimentos?
Sei que o pastor da IURD fez esclarecimentos em seu site. - Acredito que ele poderia usar a grande mídia para isso. - E ao senhor Jean Wyllys, a qual comentaste os assunto, será que há uma base legal para solicitar uma investigação? Afinal a desconfiança é de algo grave...realmente era isso que gostaria de discutir...o verdadeiro problema.